Um grupo de 7 alunos e 3 professores, da Escola Secundária de Latino Coelho, Lamego, participa esta semana, de 28 de fevereiro a 06 de março, numa mobilidade a Nápoles, Itália, no âmbito do Projeto ERASMUS+ “Tras Los Rastros de Mitos en La Oscurid@D de Historia”.
Primeiro dia - A chegada
Depois de um dia de viagem cansativo, nada como uma calorosa receção dos colegas italianos (os anfitriões) e das famílias que acolhem, durante esta semana, os nossos alunos.
Segundo dia – Pompeia
O segundo dia foi inteiramente dedicado à cidade de Pompeia, destruída pela erupção do vulcão Vesúvio em 79 d. C. Numa visita preparada pelos alunos e professores italianos, o tema deste projeto Erasmus, “Tras los rastros de mitos en la oscuridi@d de historia”, ganhou ainda mais significado. De facto, a força da natureza (neste caso, do Vesúvio), que ao longo da história tem proporcionado o aparecimento de muitos mitos e lendas, foi para os nossos antepassados, de há quase 2 mil anos, uma tragédia, mas permite-nos hoje “ver” e compreender muitos aspetos da civilização Romana, retratados nas magnificas pinturas murais, nos extraordinários mosaicos e em todo o conjunto urbano preservado.
Terceiro dia – Nápoles
Ao terceiro dia, com o apoio de “áudio-guias” produzidos pelos alunos italianos, foi possível descobrir um pouco da História da cidade que, por estes dias, acolhe professores e alunos dos países participantes no projeto. Desde o mito associado à fundação da cidade, por volta do século VIII a. C., por “Partenope” (um homem que não se iludiu com o canto das sereias, ou mesmo a própria sereia… As opiniões divergem…), passando por edificações representativas de diferentes épocas históricas, Nápoles deu-se a conhecer em toda a sua grandeza e diversidade artística, cultural e humana.
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ALEXANDRE HERCULANO RODRIGUES, UM BRASILEIRO DE TORNA-VIAGEM E CIDADÃO DO MUNDO
Agora, que já conhecem o nosso ilustre lamecense, está na altura de descobrir o que são afinal os “brasileiros de torna-viagem”. Curiosos?! Então, acompanhem-nos...
A partir da segunda metade do séc. XIX verificou-se um crescimento significativo da emigração em Portugal.
Tal como hoje, os nossos emigrantes iam à procura de melhores salários e melhores condições de vida, enquanto outros partiam com o objetivo de aumentar a fortuna que já possuíam.
O principal destino da emigração portuguesa naquela época foi o Brasil, antiga colónia portuguesa (independente a 1822), onde o trabalho agrícola estava em grande crescimento, nomeadamente a cultura do café, e onde havia falta de mão de obra.
Muitos destes portugueses que emigraram para o Brasil, onde fizeram fortuna, mais tarde voltaram à sua terra natal, definitiva ou temporariamente e, com o seu espírito empreendedor, nela investiram, contribuindo para o seu desenvolvimento económico, social, político, cultural e educativo. Alguns também ajudaram a fortalecer as ligações do Brasil e de Portugal, reforçando as amizades, interesses, negociações e intercâmbios culturais. Mostravam sinais de grande riqueza, nomeadamente pelas roupas que usavam e pelos grandes palacetes que construíam. Estes, ficaram conhecidos como brasileiros de torna-viagem.
Lamego não foi exceção e nessa época também viu partir muitos filhos da terra para o Brasil. A título de exemplo, podemos referir: José Ribeiro Conceição, cedo emigrado para o Brasil, onde fez fortuna, e que, em 1924 adquiriu e reconstruiu o edifício do Teatro, em Lamego, que hoje tem o seu nome – Teatro Ribeiro Conceição; Francisco Luíz Pereira, emigrante no Rio de Janeiro, que criou o Instituto Académico de Lamego (Escola Primária), entre outros.
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#2 – Os objetos
Decorreu, no passado dia 21 de fevereiro, a 2ª sessão do projeto «Sala Colonial».
Os alunos do 10º ano, turma E, que estão a participar neste projeto, orientados pelo Professor Luís Sarmento, e com a participação da investigadora Catarina Simão, vieram ao museu para trabalharem a coleção de cerca de 300 objetos de proveniência africana, pertencentes à Escola Secundária de Latino Coelho, Lamego, que faziam parte do recheio da «Sala Colonial», que existia na escola, até 1980.
A sessão iniciou-se com um primeiro contacto direto dos alunos com os objetos, com a finalidade de virem a identificar três deles, que serão alvo de pesquisa aprofundada.
Foi convidado especial desta sessão, o antigo professor do “Liceu”, Dr. Joaquim Melo (que aí também já havia sido aluno), que partilhou as suas memórias relacionadas com a presença daqueles objetos no antigo Liceu.
O encontro propiciou ainda um interessantíssimo relato, na primeira pessoa - resultante da experiência do professor Joaquim Melo em Angola -, de acontecimentos relacionados com políticas coloniais (nomeadamente, propaganda, treino e mobilização para as frentes de guerra), que tiveram grande impacto naquele país, em Portugal e, de modo particular, em Lamego.
A sessão terminou com a seleção dos três objetos - um bastão de metal, uma estatueta em madeira leve e um pequeno tambor, que vão ser motivo de exame minucioso, com o auxílio de raio-X, a desenvolver na próxima sessão.
Fique atento. Daremos notícias.
Desenvolvido pelo Museu de Lamego e Escola Secundária de Latino Coelho, Lamego, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, Direção Regional de Cultura do Norte e Município de Lamego, o projeto «Sala Colonial» visa promover a ativação de uma educação crítica e de autoquestionamento em relação ao passado colonial e suas representações, em benefício de uma formação humanista, impulsionadora de condutas cívicas igualitárias e de justiça social.
©Fotos: Museu de Lamego. Paula Pinto.
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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS LATINO COELHO, LAMEGO
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