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quinta 9 maio 2024

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80 anos 6

Há todo um património ligado à Escola Secundária de Latino Coelho e que não se circunscreve às suas sólidas paredes. Dão-lhe alma alguns episódios insólitos.

Tentativa de fraude em exame
Recordemos a capacidade inventiva dos três irmãos naturais de Soutelo do Douro – S. João da Pesqueira, que, em 1963, através de um inovador modelo de comunicação, tentavam a aprovação com distinção nas provas de exame.
O irmão mais novo, durante a prestação da prova de exame de Matemática de 5º ano, foi apanhado a transmitir para o exterior para o seu outro irmão, mais conhecedor da matéria, por meio de um aparelho transmissor-recetor. Na verdade, o talentoso examinando havia instalado o microfone junto ao relógio de pulso e o sistema de receção no ouvido disfarçado por um penso cirúrgico que supostamente seria para proteger um suposto furúnculo.
Tudo teria corrido bem não fosse um radioamador lamecense sintonizar a comunicação dos nossos protagonistas na mesma frequência e ir, de imediato, comunicar o caso insólito ao Senhor Reitor de então, Dr. Manuel Luís da Rocha Silveiro.
No momento, se lavrou o auto do ocorrido, o facto foi comunicado ao Ministério Público e às autoridades competentes, e os exames dos alunos que intervieram na fraude foram anulados. Por despacho de Sua Excelência, o Ministro de Educação Nacional, o examinando de Matemática de 5º ano continuou com o seu exame anulado; os dois irmãos mais velhos admitidos a exame sem multa, contudo incorreram em responsabilidade disciplinar, punida com suspensão.

Roubo do peru
Vamos, de seguida, fazer alusão ao caso do "roubo do peru", transcrevendo um excerto da obra O Bando do Liceu, da autoria de Alexandre de Castro.
«Sem anúncio prévio, e escrita por mão anónima, a coberto da noite, como compete aos procedimentos das actividades clandestinas, a insólita notícia ali estava indecorosamente exposta, em gigantesca pichagem, a todo o comprimento do muro da frontaria do liceu: DÃO-SE ALVÍSSARAS A QUEM ENCONTRAR O PERU.
A cidade agitou-se numa efervescente e miudinha curiosidade. Nas repartições públicas, nas lojas, nos cafés e até no mercado comentava-se a novidade, quando alguém, mais curioso, pedia pormenores circunstanciados, a resposta era invariavelmente a mesma, não sei, parece que roubaram um peru ao reitor do liceu.
No café Maia, em pleno Rossio, na larga e grossa vidraça, alguém teve a ousadia de colar uma fotografia ampliada de um peru, rematada com uma provocatória legenda ENFIM, SOU LIVRE, expressão dúbia que levantou legitimas suspeitas à polícia política, ali logo postada em tom inquiridor, alertada que foi por um qualquer infiltrado informador, conhecedor das conversas sussurradas naquele cóio de opositores ao regime, onde predominavam velhos republicanos e anarquistas do reviralho, sendo que esta ousadia ia ficando cara ao pachorrento Sr. Maia, que se descartava de qualquer responsabilidade, jurando a pés juntos não ter reparado naquele papel que até tinha sido colocado ao vidro pela lado de fora.
Também Mestre Nicolau, engraxador – cauteleiro de profissão, mas com credenciais na rima métrica, e que fazia pouso na Praça do Comércio, não perdeu a oportunidade de exercitar a sua verve, escrevendo apropriadas quadras populares que foi vendendo aos clientes por dois escudos e cinquenta centavos, e que aqui se transcrevem com a devida vénia:

                                            Alguém roubou um peru
                                            Que trazia o papo cheio
                                            Aquele que lhe comeu a carne
                                            Também lhe comeu o recheio...

                                            Dão-se alvíssaras, dão-se prémios
                                            A quem encontrar o ladrão
                                            O reitor está à espera
                                            E agradece a atenção...

                                           O reitor anda triste
                                           Com o assalto à capoeira
                                           Ele ficou sem o peru
                                           E o ladrão com a barriga cheia...

80 anos 6

Armando Rica, na sua obra O Nascimento de um Liceu - Liceu de Lamego – 135 anos, aborda a questão das designações atribuídas ao Liceu como a seguir se transcreve:
"Ao longo do tempo, por força de algumas reformas ou decretos, foram atribuídas diversas designações e categorias ao Liceu, verificando-se por exemplo que só num espaço de tempo de 9 anos, entre 1919 e 1928, conheceu diferentes denominações e classificações.
Até 1919, o Liceu era conhecido por Liceu de Lamego.
Recebeu o nome de Liceu Latino Coelho, por decreto nº 5096, publicado no "Diário do Governo" nº 8, de 13 de Janeiro de 1919, em homenagem ao grande escritor.
O Liceu de Lamego foi elevado a Central por decreto publicado no "Diário do Governo", em 17 de Janeiro de 1920.
Foi classificado de Nacional por decreto publicado em 13 e 21 de Maio de 1924.
Novamente volta a Central, por decreto, em 16 de Outubro de 1926 (Reforma de Ricardo Jorge que atribui a mesma categoria a todos os liceus).
Pelo decreto de 11 de Setembro de 1928, passa, outra vez, à categoria de Nacional.
Com a reforma de 1936, de Carneiro Pacheco, fica a chamar-se Liceu Provincial de Latino Coelho."
Já se designou "Escola Secundária de Almacave", posteriormente, "Escola Secundária com 3º Ciclo de Latino Coelho" e, atualmente,  "Escola Secundária de Latino Coelho – Lamego".
Atualmente, é a escola-sede do Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego, criado em 28 de junho 2012 por despacho de Sua Excelência, o Senhor Secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, Dr. João Casanova de Almeida.

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No passado dia 10 de janeiro, pela manhã, realizou-se a "XXVII edição da Corrida para a Saúde" - corta-mato do Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego.
Esta atividade permitiu a alunos, professores e funcionários um momento de festa que o desporto consegue proporcionar de forma muito especial e, a correr, os nossos quase 350 alunos competiram positivamente, lutando por uma vitória, para representar o Agrupamento em provas futuras, respeitando sempre os colegas.
Assim correram lado a lado alunos de todos os anos de escolaridade. Uma jornada fantástica que mobiliza todo o Agrupamento num momento único que acontece todos os anos.
Parabéns a todos que participaram neste corta-mato.
O Agrupamento muito agradece a colaboração da Câmara Municipal de Lamego, do Centro de Tropas de Operações Especiais, da Polícia de Segurança Pública e de todos quanto colaboraram na realização desta corrida.
>Para ver mais fotos clique aqui.

80 anos 6

A primeira aula no atual edifício da Escola Secundária de Latino Coelho – Lamego teve lugar no dia 16 de janeiro de 1937 com a lição pronunciada pelo Professor da Universidade do Rio de Janeiro, Dr. Afrânio Peixoto, intitulada " D. Portugal".
A referida lição foi editada pela Caixa Escolar do Liceu Latino Coelho, em edição própria, num folheto de 20 páginas. Precede o texto da lição inaugural, um texto de abertura e a transcrição das palavras que o Reitor do Liceu de Lamego de então, Dr. Francisco Miranda de Andrade, proferiu aquando da conferência do eminente escritor brasileiro.
O conteúdo da referida aula foi também publicado pelo Diário de Notícias, no seu número de 23 de fevereiro de 1937, igualmente pelo jornal lamecense Beira Douro e pela revista do ensino liceal Labor.

80 anos 6

«O liceu novo é uma casa sólida, elegante, banhada de luz e com instalações modelares. Foi feita com granito da serra de Avões, a dois quilómetros de Lamego. Compõe-se dum corpo principal com três pavimentos ou pisos e os seguintes anexos: casa do Reitor, oficinas, ginásio, piscina, balneário e cantina; campo de jogos (futebol, patinagem, voleibol, ténis, basquetebol); recreios de verão e de inverno para rapazes e meninas.
No primeiro pavimento, com átrio espaçoso e um corredor largo de 4m e com 82m de extensão, temos à direita de quem entra: Secretaria e Arquivo; Gabinete do Secretário; Gabinete do Reitor e Sala de espera; recreio de inverno das meninas. À esquerda: vestiário dos rapazes; Sala de visitas dos alunos e professores; Sala de estar dos Professores; Sala do Conselho; Gabinete da Visitadora; Sala de estar das meninas; Biblioteca. O 1.º pavimento está ligado ao 2.º e 3.º por uma escada de 45 degraus, de madeira vinda do Brasil.
Segundo pavimento, à direita de quem sobe: aula do sexto ano; Gabinete do Director das Instalações de Ciências; Laboratório de Química e de Física; saleta escura; sala das balanças; Ciências Biológicas; Museu; Sala de línguas e Gabinete do Director do 2.º ciclo. À esquerda: aulas do quarto e quinto ano; anfiteatro; passagem coberta para as Oficinas; sala das Sessões culturais; Gabinete do Director do 1º ciclo; sala de aula.
Terceiro pavimento, à direita: aulas do 2º e 3º ano; Salão de estudo; sala de Trabalhos Manuais. À esquerda: aulas do primeiro ano; Sala Colonial muito bem provida; Gabinete de Geografia; Sala de Desenho. Os corredores do 2.º e 3.º pavimento são também largos e extensos, com as dimensões supra mencionadas.

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