Artigos

Desenvolvido pelo Museu de Lamego e Escola Secundária de Latino Coelho, Lamego, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, a Direção Regional de Cultura do Norte e o Município de Lamego, o projeto «Sala Colonial» visa promover ativação de uma educação crítica e de autoquestionamento em relação ao passado colonial e às suas representações, no favorecimento de uma formação humanística, impulsionadora de condutas cívicas igualitárias e de justiça social.
#1 – O Arquivo
Em novembro passado, apresentámos «Sala Colonial», um projeto artístico e educativo, que faz referência a uma antiga sala de exaltação do Império Português e que existia, a partir de finais dos anos 30, em liceus públicos, como foi o caso do Liceu de Lamego – atual Escola Secundária de Latino Coelho - Lamego. Era na “Sala Colonial” do antigo Liceu que se encontravam expostos um grande número de objetos de proveniência africana que, em 1980, foram depositados no Museu de Lamego, alguns anos após a desativação dessa sala.
Chegou agora o momento de partilhar os primeiros registos de um trabalho que se prolongará por aproximadamente cinco semanas, entre a artista Catarina Simão, a comunidade educativa, os alunos da escola e uma equipa do Museu de Lamego.
Registos fotográficos da visita conjunta aos arquivos da escola para identificação de livros e objetos que pertenciam à “Sala Colonial”. Curiosidade: as publicações estavam todas identificadas com um carimbo específico, resultado de um inventário feito na época.
Para ver mais fotos clique aqui.
© Foto: Catarina Simão

Nos dias 27 de janeiro e 2 de fevereiro, os alunos do 12º ano, das turmas E, F e D, assistiram a uma apresentação da obra de António Lobo Antunes, dinamizada pela professora Lídia Valadares, no âmbito do projeto interdisciplinar desenvolvido pela equipa da Biblioteca Escolar, “Representações do Contemporâneo”.
O projeto envolve as disciplinas de História A, Português e Desenho e tem como objetivos desenvolver o gosto do conhecimento histórico e literário.
A sessão serviu de ponto de partida para a leitura integral da obra “Cartas de Guerra”, um documento ilustrativo da Guerra Colonial, vivido na primeira pessoa, temática estudada na disciplina de História.
As promotoras do projeto esperam que, face à recetividade e interesse demonstrado pelos alunos, estes se envolvam nas atividades por forma a partilharem com a comunidade escolar um conhecimento mais aprofundado deste acontecimento da história recente do nosso país.
Este projeto integra-se num conjunto de atividades da Biblioteca Escolar no sentido do desenvolvimento de competências de leitura e de cidadania definidas no Perfil do Aluno.

Hoje, dia 8 de fevereiro, comemora-se a 19.ª edição do Dia da Internet Mais Segura.
Ao longo dos anos, este dia junta milhões de pessoas sob o lema “Juntos por uma Internet melhor”. Este ano, o Centro Internet Segura assinala a data levantando a questão “TU és TU online?”.
Nas disciplinas de Informática e Eletrónica, os professores/formadores do Agrupamento relembram aos alunos uso com segurança da Internet e incentivam também para a discussão sobre a cidadania digital. O objetivo é promover a utilização segura da internet por todos os alunos que estão bastante expostos a riscos nesta rede mundial de comunicação.
Num tempo em que a cibersegurança está em destaque, esta é cada vez mais recorrente dentro das organizações, uma vez que a complexidade do ambiente corporativo propicia o surgimento de lacunas para novos e complexos riscos de fraudes. Considerada uma proteção para as informações que são processadas, armazenadas e transportadas nos sistemas interligados das organizações, a segurança no espaço virtual é essencial para as dinâmicas no que diz respeito ao bloqueio das ameaças digitais.
Para saber mais sobre a Intenet mais Segura clique aqui.

Suspeitamos que estão curiosos de saber o nome da ilustre personalidade lamecense referida na publicação anterior… Contudo, em primeiro lugar, julgamos oportuno dar a conhecer a génese do projeto “De lá para cá… De cá para lá!”.
Tudo começou numa visita que realizámos ao Museu de Lamego, quando nos encontrávamos na sala dos magníficos jarrões japoneses, provenientes da doação António Tavares Rodrigues, e ouvíamos, encantados, as informações transmitidas pelo colaborador do Museu Rui Albuquerque. Ficámos, então, a saber que a moda dos jarrões grandes chegara à Europa nos finais do séc. XIX - inícios do séc. XX e que os quatro imponentes jarrões que ali se encontravam, oriundos das cidades de Kyoto e Satsuma, que nos fascinavam pela sua extraordinária beleza e exotismo, eram peças valiosíssimas, portanto, só adquiridas por pessoas de elevado poder económico. Ora, aqueles jarrões, que posavam à nossa frente, tinham pertencido a uma importante figura lamecense, notável na cidade e no estrangeiro, e que ainda era familiar do Sr. Rui Albuquerque… Ficámos assombrados! Choveram perguntas às quais o colaborador respondia com admirável paciência, procurando saciar a nossa curiosidade e serenar a excitação provocada pela notícia surpreendente.
A visita acabou, mas a história dos jarrões japoneses e da personalidade lamecense não nos abandonava. Aqueles magníficos jarrões tinham feito parte do recheio de um belo palacete da nossa cidade, cujo proprietário era a tal célebre personalidade, dono de uma vasta fortuna, socialmente influente, dentro e fora do país, e um destacável benemérito! De tal forma que, frequentemente, era notícia nos jornais da época, sobretudo no jornal “A Fraternidade”. Apesar disso, é uma figura pouco conhecida da comunidade, atualmente… A curiosidade e o desejo de conhecer melhor esta personalidade e de a dar a conhecer aumentavam.
E desta curiosidade, deste objetivo, nasceu este projeto da turma 6.º D, do Agrupamento de Escolas Latino Coelho, Lamego, que vai ser desenvolvido ao longo do ano, no âmbito do Domínio da Autonomia Curricular (DAC), em colaboração com o Museu de Lamego.
Para iniciarmos o projeto, convidámos o colaborador do Museu Rui Albuquerque para dar uma aula à nossa turma, na Escola Básica de Lamego, sobre a figura que nos suscitara tanto interesse, partilhando connosco as informações que já adquirira, quer através da consulta de documentos que se encontram na posse da família, quer através de contactos efetuados. Foi uma aula muito rica e cativante, que captou a nossa atenção e nos proporcionou o registo de informações preciosas que, quinzenalmente, partilharemos convosco.
De que personalidade estaremos então a falar? Foi proprietário do palacete da Quinta da Vista Alegre, na nossa cidade, e um lamecense de "torna-viagem".
Dentro de quinze dias, divulgaremos mais informações e, desta vez, relacionadas com a personalidade em estudo.
Esperamos por si!